A espera chegou ao fim! O Telescópio Espacial James Webb foi lançado rumo ao espaço neste sábado (25), às 9h20 (horário de Brasília).O aparato partiu em um foguete Ariane 5, no espaçoporto europeu na Guiana Francesa.
Chegou a hora de relembrarmos a sua saga até esse momento histórico.
Evoluindo desde então, a construção do JWST foi encabeçada pela agência espacial americana e contou com a colaboração internacional da Agência Espacial Europeia (ESA) e da Agência Espacial Canadense (CSA). O resultado foi um instrumento que não apenas representa o maior telescópio da história já enviado ao espaço, mas também o telescópio espacial mais poderoso de inúmeras formas. Considerado como o telescópio sucessor daquele que fez história nas últimas décadas, o Telescópio Espacial Hubble (HST), o JWST colocará um novo marco na era moderna de observações espaciais.
Fonte: Chris Gunn
Seus objetivos científicos podem ser resumidos em quatro pontos principais: estudar a luz oriunda das primeiras estrelas e galáxias que se formaram no Universo, apenas alguns milhões de anos após o Big Bang; estudar a formação e evolução das galáxias; estudar a origem e a evolução de estrelas e sistemas planetários; e, por fim, estudar as origens da vida.
Em termos de especificações técnicas, o JWST coleciona uma série impressionante de “selos inéditos”: é o primeiro telescópio espacial do seu tamanho e inaugura uma nova categoria de grandes dimensões; possui um espelho de diâmetro primário de aproximadamente 6,5 metros, quase duas vezes maior que o telescópio Herschel da ESA, detentor do recorde anterior; é o primeiro telescópio espacial com seu grau de sofisticação em instrumentos e sistemas; é o primeiro telescópio desta natureza que não estará localizado em órbita próxima à da Terra, ficando a cerca de 1.500.000 quilômetros de distância em uma posição conhecida como ponto de Langrange L2, muito além da distância até a Lua; e diversos outros aspectos.
Fonte: Northrop Grumman
O JWST será especializado em observações astronômicas em comprimentos de onda do infravermelho próximo e do infravermelho médio, o que lhe permitirá abrir a janela do Universo que se esconde atrás das densas nuvens de poeira e gás interestelar que obscurece a visão de grande parte dos telescópios atuais, mesmo os da última geração.
Além de seu poder de penetração nas estruturas obscurecidas, as observações no infravermelho do JWST serão fundamentais para observar objetos mais frios e menos brilhantes. Isso porque quanto mais distante um objeto está, mais jovem ele parece em sua própria escala de tempo, uma vez que sua luz demorou mais para chegar aos nossos olhos. Como o universo está se expandindo, à medida que a luz viaja, ela se torna mais avermelhada e, como consequência, objetos em distâncias extremas são mais fáceis de se detectar no infravermelho.O JWST está equipado para revolucionar a nossa compreensão do Cosmos e a possibilidade de encontrar coisas surpreendentes e totalmente inesperadas estará ao alcance de astrônomos do mundo todo, inclusive do Brasil!
Agora, resta-nos esperar um pouco mais, pois o que está por vir depende apenas do que o Universo manteve escondido do nosso olhar.
Fonte : TEC MUNDO & NASA Edição : LUIS MATIAS